terça-feira, 28 de julho de 2015

Fraco desempenho em jogo treino

Jogo enfadonho, típico de pré-temporada, com FC Porto e Schalke 04 a empatarem a zero, após 90 minutos em que as melhores oportunidades de golo pertenceram aos Alemães mas em que os Dragões procuraram ser o mais fiéis possível ao seu estilo de jogo.
 
Julen Lopetegui gosta de privilegiar a posse de bola e de ver a sua equipa a começar a construir desde trás. Os jogadores, dentro das quatro linhas, procuraram seguir à risca as indicações do treinador, mas isso acabou por tornar o encontro pouco interessante, pois a troca de bola entre os jogadores do FC Porto era feita essencialmente numa zona recuada do terreno, o que significa que não criava mossa na formação adversária.
 
Nos processos de equipa sem bola, os Dragões, ao contrário do que Lopetegui pretendia, foram pouco pressionantes, especialmente na primeira parte, o que permitiu ao Schalke 04 sair a jogar e ter mais espaço para circular a bola, o que fez com que os Germânicos dispusessem de oportunidades de perigo. Foi na maioria das vezes pelo corredor esquerdo - Draxler foi levando a melhor nos duelos com Ricardo Pereira – que a turma de Gelsenkirchen foi-se aproximando da área do FC Porto. Em alguns momentos valeu a atenção de Iker Casillas ou a pouca eficácia dos atacantes, Huntelaar e Di Santo.
 
Mas se Ricardo Pereira sentia bastantes dificuldades para travar Draxler, do outro lado Alex Sandro exibia-se a bom nível. Foi, inclusivamente, por intermédio do lateral-esquerdo Brasileiro que surgiu a melhor (e única!) possibilidade para o FC Porto marcar. Sempre que pôde, o capitão dos Dragões procurou apoiar o ataque e chegou mesmo a rematar ao poste, numa clara tentativa de, apesar do pouco ângulo que tinha, surpreender o guarda-redes.
 
Ainda no ataque, Silvestre Varela foi o jogador que mais correu e procurou mexer com o jogo do FC Porto na primeira parte, mas nem sempre bem acompanhado. Sérgio Oliveira e Evandro, os médios que tinham como missão procurar apoiar o ataque na primeira parte, raramente tiveram possibilidade para fazer a diferença e das poucas vezes que tiveram, houve demasiada cerimónia na hora de rematar à baliza. Além disso, o meio-campo Azul e Branco mostrou ainda ter pouca criatividade para surpreender.
 
Na segunda parte, com as mudanças protagonizadas pelos dois treinadores, houve menos ocasiões de golo mas a toada do jogo manteve-se, especialmente do lado Azul e Branco. Apesar de ter tido mais bola do que o Schalke 04, o FC Porto sentiu dificuldades para unir os sectores da equipa e a melhor ocasião de golo na etapa complementar pertenceu aos Alemães. Se Casillas esteve bem no primeiro tempo, o mesmo há a dizer de Helton no segundo, especialmente na forma como evitou que Huntelaar, em boa posição, marcasse.
 
Com a entrada de Maxi Pereira, os Dragões procuraram mais o corredor direito para atacar, mas notaram-se ainda as faltas de rotinas entre o Uruguaio e Cristian Tello, extremo lançado também no decorrer da segunda parte. E no que ainda diz respeito à falta de rotinas, também pouco se deu pela entrada de Bueno – embora apenas tenha actuado atrás de Aboubakar cerca de oito minutos - sinal de que os Dragões mantêm-se mais formatados para jogar na maioria das vezes pelas alas do que por zonas interiores.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Silvestre Varela

2 comentários:

Anónimo disse...

Falta um médio criativo, estilo Deco? Falta. Falta um atacante estilo, Falcão, Domingos ou F. Gomes? Falta.
Já agora, falta também um treinador estilo J. Maria Pedroto.

Luís (O do Sérgio Conceição)

Pedro Silva disse...

@ Luís

Acho que neste momento é crucial que o FC Porto pare de uma vez por todas de apostar no raio da posse pela posse.

Tudo o resto é, a meu ver, terciário.