domingo, 19 de outubro de 2014

Nada!

O Sporting está na próxima ronda da Taça de Portugal, depois de vencer o FC Porto por 3 x 1 no Estádio do Dragão. Erros defensivos dos Portistas ditam a eliminação da prova Rainha do Futebol Português. Marcano, na própria baliza, Nani e Carrillo marcaram os tentos dos Leões. Jackson fez o golo dos Portistas e falhou um penálti.
Ainda havia pessoas a sentarem-se nas bancadas bem compostas do Estádio do Dragão e já o Sporting ameaçava: Nani rematou cruzado e acertou no poste direito da baliza guardada por Andrés Fernández. Era ainda impercetível a táctica das duas equipas mas cumpria-se o que Marco Silva havia assumido na projecção da partida: entrar forte e tentar surpreender o FC Porto.
À semelhança do que aconteceu em Alvalade há poucas semanas, para o Campeonato, o jogo começou de forma intensa, mas com ameaças dos dois lados, ainda que o futebol apresentado pelos Leões fosse mais consistente, com os vários sectores a funcionarem melhor do que os dos Portistas.
Quintero, aposta inicial de Lopetegui, demorava a entrar no jogo e o meio-campo dos Azuis e Brancos ressentia-se perante a pouca assertividade do Colombiano na direita do ataque, apresentando dificuldades a segurar a bola, que os dragões tanto gostam de ter. Isto, provavelmente, por não jogar no meio, onde é melhor e, também, por Herrera estar uns furos abaixo do esperado.
No ataque, Adrián López não conseguia desenvencilhar-se das marcações e falhava no papel de coadjuvante de Jackson Martínez. Lopetegui pedia mais jogo exterior, pelas alas, mas o Sporting surgia bem nos processos defensivos, abdicando do ataque nos momentos de transição e apenas deixando Montero mais adiantado no terreno.
Nani tinha liberdade em campo e movimentava-se a seu bel prazer, e os portistas deixavam o internacional português jogar e fazer jogar, entendendo-se quase sempre bem com João Mário. 
Apesar de surgir com alguma superioridade, o FC Porto foi cometendo erros atrás de erros do meio-campo, inclusive, para trás, e os Leões aproveitaram bem. Primeiro Marcano, num amor com amor se paga, marcando na própria baliza, numa espécie de retribuição ao auto-golo marcado por Naby Sarr em Alvalade e que deu o empate aos Dragões.
O golo teve o condão de despertar os Portistas, sobretudo Quintero, que fez um passe magistral para o golo de classe de Jackson Martínez, quatro minutos depois de os Leões se terem colocado em vantagem.
Para lá do futebol jogado, das tácticas e estratégias várias, havia um lado psicológico no jogo que pesava a favor dos Leões: os níveis de confiança dos Azuis e Brancos, com intranquilidades várias na defesa, a darem margem ao Sporting. Casemiro provou-o, ao colocar a bola à mercê de Nani para um grande golo. O Sporting saía em vantagem para o intervalo e com justiça.
A provar isto mesmo surgiu o xadrez dos treinadores ao intervalo. Marco Silva não mexeu uma pedra, o Sporting jogava bem entre linhas, aparecia nas costas dos Portistas, trocava a bola com mais do que facilidade. Lopetegui lançou Tello e Rúben Neves, sacrificando Óliver Torres e Casemiro. A velocidade no ataque mudou e logo depois os Portistas, graças a Jackson, ganham uma grande penalidade que o próprio Colombiano falha.
Mais do mesmo, Marco Silva refrescava o ataque, trocando Montero por Slimani e Capel por Carrillo, e a toada continuava, com os Dragões melhores mas inconsequentes. Lopetegui jogou a última cartada com Brahimi, já o Dragão o pedia há muito, e a assobiadela para Adrián López, quando o Espanhol saiu das quatro linhas, provou que a sua titularidade foi uma aposta errada.
Já a fechar, tudo tão fácil: FC Porto a ver jogar, Maicon a marcar ao de leve e Carrillo a fazer o terceiro, fechando as contas. Como uma mola, e a 7 minutos dos 90, muitos adeptos Portistas abandonaram o Estádio, descontentes com a prestação da equipa. Chegaram a haver lenços brancos nas bancadas.
No segundo round entre Leões e Dragões esta temporada, volta a levar a melhor Marco Silva e o seu Sporting, com pragmatismo, união e muita concentração. Ganhou quem falhou menos, já que o equilíbrio foi bastante evidente, apesar dos dois golos de diferença. 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Jackson Martinez

2 comentários:

rbn disse...

Jogamos mal e porcamente, demos 2 prendas de natal antecipadas, falhamos (mais) um penalty e perdemos o jogo...

Mesmo jogando mal e porcamente, mesmo oferecendo 2 gols e falhando um penalty, tivemos chances mais que suficientes para empatar e até virar o resultado...

E tivemos no 1º tempo um penalty não assinalado sobre Herrera aos 24', um fora-de-jogo mal tirado ao Adrian aos 27', quando ficou isolado na cara do franguicio... e uma mão de maurício dentro da pequena área no 2º tempo após cobrança de livre de Quintero...

Se estes 3 lances tivessem sido em prejuizo do visitante, e estes tivessem perdido o jogo, acham que hoje nas 1ªs páginas da pasquinada lisboense estava escrito gigantes ou super dragão???

Claro que não, pelo menos um dos 3 lances citados acima estaria estampado nas capas colocando culpas na arbitragem, que devia ter marcado penalty e não marcou...ou a foto do bandeirinha que assinalou mal o offside...ou do outro bandeirinha que devia ter visto a mão dentro da pequena área!!!

E a esta hora, já haveriam mais de 200 comunicados condenando a arbitragem, a dizer que foram super mal recebidos, que foram agredidos, insultados, enfim...

Mas como o visitante venceu, não se passa nada, ninguém dá destaque a lances polemicos...

Bem bom que na bluegosfera não me lembro de ninguém a deitar culpas na arbitragem, mas sim a reconhecer culpas próprias...

Para memória futura, quando o FCP vencer um jogo grande onde aconteçam lances parecidos com estes 3 lances citados acima, quero ver se vão escrever gigantes, ou super...

Pedro Silva disse...

rbn na minha opinião, que vale o que vale e sem querer contrariar a lógica da tua intervenção com qual concordo em certos pontos, o nosso Futebol Clube do Porto jogou tão mal que nem vale a pena estarmos a analisar e a debater os casos de arbitragem...