segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Três tiros no autocarro

Quaresma e Ádrian López voltaram a ter oportunidade de se mostrarem, mas foram Jackson Martínez, Brahimi e Óliver Torres a derrubarem uma organização Cónega que durou uma hora de jogo. Vitória por números esclarecedores, mas longe de espelharem as dificuldades (sobretudo no primeiro tempo) em chegar à baliza de Marafona, ele que falhou no segundo golo, mas que esteve em evidência ao segurar uma grande penalidade cobrada por Quintero.
As escolhas de Lopetegui voltaram a ser fiéis ao que tem sido hábito por parte do Treinador: com jogo a meio da semana, prioridade à rotatividade. Rúben Neves saiu do onze pela primeira vez, Herrera também foi poupado.
Tempo e espaço para Ricardo Quaresma e Ádrian López poderem ganhar pontos. Os dois foram lançados nas faixas do ataque, no apoio a Jackson Martínez, e apoiados por Óliver Torres e Brahimi, ele que tinham jogado nas extremidades contra o Lille e que recuaram para o miolo, numa clara opção atacante.
Frente aos Portistas, os Cónegos tentavam a heróica missão de manter a baliza inviolada, depois dos dois primeiros resultados nesta prova. Para isso, Miguel Leal não quis 'inventar' nenhuma surpresa e apostou nos nomes que se esperavam.
Só que o Treinador do Moreirense não demorou muito a mexer. Não existem estatísticas para comprovar tal, mas a lesão de Bolívia, logo aos três segundos de jogo, é candidata à mais rápida da história do futebol. O lance fez com que o jogo estivesse parado por três minutos, mas o árbitro preferiu poupar Casemiro a um amarelo que se justificava.
Mesmo com a mexida (Vítor Gomes foi a jogo), o Moreirense em nada se desorganizou. Pelo contrário, a equipa Minhota provou ter a lição de Miguel Leal muito bem estudada, tanto que a primeira parte teve domínio Portista na posse de bola, mas não se traduziu numa supremacia ofensiva.
Para uma análise rigorosa, talvez seja justo considerar como real oportunidade de golo apenas um remate de Danilo, a meio do primeiro tempo, ele que foi o mais incorformado desses 45 minutos, mas que teve que contar com os bons reflexos de Marafona.
Por seu turno, o Moreirense procurava deslizes defensivos dos azuis e brancos para venenosos contra-ataques, que até começaram a ser criados, mas que raramente foram concluídos.
Tudo somado e um 0 x 0 que se justificava pela fraca primeira parte ofensiva que se desenrolou no Dragão. Os Portistas sem conseguirem encontrar brechas na equipa adversária, os Cónegos empenhados na segurança do ponto.
O FC Porto entrou mais aguerrido na segunda parte. Tinha que entrar, precisava de fazer mais para chegar aos golos, pois o Dérbi de Lisboa já decorria e era vital colocar pressão nos adversários, assim como era obrigatório chegar à liderança.
Lopetegui terá, de certeza, puxado as orelhas aos seus Jogadores, pedindo mais intensidade e velocidade, bem como mais virtuosismo. Notava-se que Brahimi e Óliver Torres estavam apagados e pareciam acusar algum cansaço, mas era deles que o Treinador mais esperava.
Tanto esperou, que alcançou. Foi Brahimi quem, aos 62 minutos, serpenteou a defensiva contrária e encontrou Óliver Torres em posição privilegiada. Colocou aí a bola e o Espanhol direcionou-a para a rede.
Estava aberto o activo e o jogo tinha outro filme. Era hora de o Moreirense responder e olhar para as costas de Fabiano, pensando em formas de conseguir lá chegar. Mas foi o FC Porto a tornar a marcar, pelo inevitável Jackson Martínez.
Por duas vezes, o Colombiano mostrou a sua veia goleadora. Na primeira, Óliver Torres sacrificou-se (lesão no braço) para que Marafona errasse. Na segunda, momentos depois de Juan Quintero ter feito regressar ao Dragão o fantasma das grandes penalidades, depois de permitir ao Guardião contrário a defesa a um castigo máximo.
Vitória justa dos Portistas, num desafio que Lopetegui voltou a perceber que, frente a equipas de menor dimensão, precisará de mais intensidade, ao invés de posse de bola em demasia. 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Brahimi

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