domingo, 24 de agosto de 2014

Ganhar a pensar na Champions

O FC Porto repetiu o resultado da época passada na deslocação ao terreno do Paços de Ferreira. Os Dragões foram mais assertivos contra um Paços de Ferreira que se mostrou bem na segunda parte e que podia ter marcado. Lopetegui conseguiu rodar a equipa e, ao mesmo tempo, vencer num terreno complicado e contra um adversário que nunca se conformou.
Já a convocatória de Julen Lopetegui tinha trazido algumas novidades, com as ausências de Danilo, Ricardo Quaresma e Diego Reyes, só que o técnico não se ficou por aí. No desenho apresentado em campo, o técnico não incluiu Óliver Torres, Brahimi e Herrera.
Pelo contrário, promoveu à titularidade nomes como Ricardo Pereira, o aniversariante Evandro, Adrián López e Cristian Tello, para além de manter Casemiro e Rúben Neves no miolo, bem como Jackson Martínez na frente do ataque.
Do lado oposto, Paulo Fonseca escolhia os mesmos onze jogadores que tinha apresentado no Estádio da Luz, desenhando também um 4x4x2 que contava com Cícero e Hurtado, dois regressados ao clube e que são bem conhecidos pelo treinador.
A primeira parte teve mais FC Porto, mas não de forma avassaladora. Num terreno que tem características que costumam incomodar os adversários, sobretudo pelo ambiente aguerrido que rodeia a equipa da casa, não foi fácil aos Portistas encontrarem o caminho do golo.
Até lá chegarem, tiveram que passar por vários momentos de concentração de Rafael Defendi, guardião que esteve em bom plano, e por alguma desinspiração no miolo, onde algumas bolas foram perdidas de forma a que a posse de bola da equipa não tivesse a qualidade que o técnico tanto aprecia.
Evandro foi regular mas nada desequilibrador, assim como não foi Adrián López, o 'senhor 11 milhões' que continua a não confirmar os enormes créditos em si depositados. Pedia-se, pois, a Cristian Tello que mostrasse o que valia, só que o Espanhol teve tarde azarada, lesionou-se na coxa e cedeu o lugar a Juan Quintero.
Mesmo assim, não deixava de ser o FC Porto a mandar sempre na partida, contra um Paços de Ferreira demasiado encolhido e sem clarividência na forma como saía em contra-ataque.
Ora, a superioridade Portista deu em golo numa altura importante. Faltavam cinco minutos para o intervalo quando um excelente cruzamento de Quintero na direita encontrou Jackson Martínez sem marcação ao segundo poste. O Cha Cha Cha, com a braçadeira no braço, não perdoou e colocou justiça no resultado.
Mais do que o controlo Portista que se podia esperar, a segunda parte precisava de um Paços de Ferreira mais espevitado para que o jogo ganhasse maior interesse. Paulo Fonseca também o terá pensado e a equipa entrou finalmente com a boa atitude que tinha mostrado há uma semana, no Estádio da Luz.
Comandados por um Sérgio Oliveira motivado com a pré-convocatória à Selecção Nacional, os Castores mostraram outro rosto na etapa complementar e estiveram bem melhor na partida, ameaçando mesmo com as melhores oportunidades da segunda parte.
Minhoca foi o homem em foco. O médio esteve deambulante e caiu sobretudo no lado esquerdo, onde Paulo Fonseca quis explorar a menor rotação de Ricardo Pereira como lateral. E o golo só não surgiu porque, para a equipa da casa, a baliza parecia demasiado pequena: na hora de finalizar, os remates saíram ao lado.
Com o decorrer do tempo e com a entrada de Óliver Torres, os Portistas voltaram a conseguir respirar com bola, afastando-a da sua baliza e trabalhando com qualidade para a manutenção dos três pontos. 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Rúben Neves

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